Computadores, notebooks, cartões de memória, CDs, DVDs e telefones celulares foram apreendidos na sede do Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (SINDASP-CE) e na casa de agentes penitenciários do comando de greve. A operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e da Polícia Civil, realizada na manhã desta terça-feira, 7, cumpre mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Edisio Meira Tejo Neto, que responde pela Comarca de Itaitinga.
O pedido de busca e apreensão foi feito pela Comissão Especial do MPCE que apura as causas das rebeliões ocorridas desde o último dia 21 de maio, quando os agentes entraram em greve. "As investigações até então produzidas indicam que alguns agentes prisionais estariam intramuros e extramuros, das unidades rebeladas, ora impedindo a entrada dos policiais militares que foram deslocados para as diversas unidades com intuito de permitir a realização das visitas aos detentos por suas esposas, mães e familiares, ora incitando a realização de motim, ao informar indevidamente aos familiares que não haveria visita, fato este que, chegando ao conhecimento da massa carcerária, provocaria tumulto no interior das unidades", afirma o promotor de Justiça Humberto Ibiapina, em nota do MPCE.
O Procedimento de Investigação Criminal (PIC), do MPCE, apura crimes de homicídio e de dano ao patrimônio público nas rebeliões ocorridas no Sistema Penitenciário. "Os promotores de Justiça têm ouvido depoimentos de pessoas que acompanharam o desenrolar dos acontecimentos, requisitando documentos e perícias de órgãos públicos encarregados da segurança, da defesa social e da administração prisional”, explica a nota do MPCE.
Redação O POVO Online
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