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PF pede prisão de suposto 'laranja' de líderes do PCC, mas Justiça Federal nega

 Quarta Feira 25 Novembro 2020

       Legenda: PF cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis de luxo
      Foto: Divulgação/ PF


Sem mandados de prisão, a Operação Node cumpriu 12 mandados de busca e apreensão contra lavagem de dinheiro da organização criminosa

A Polícia Federal (PF) informou, nesta quarta-feira (25), que representou pela prisão de um homem suspeito de ser um 'laranja' dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) Rogério Jeremias de Simone, o 'Gegê do Mangue', e Fabiano Alves de Souza, o 'Paca', mas o pedido foi negado pela Justiça Federal no Ceará.

Sem mandados de prisão, a Operação Node cumpriu 12 mandados de busca e apreensão no Ceará, São Paulo e Minas Gerais, com o objetivo de apurar lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas realizado pelo PCC.

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Entre os alvos, estão imóveis de luxo de 'Gegê' e 'Paca', que foram colocados em nome de 'laranjas', localizados no Alphaville Fortaleza (Porto das Dunas), no Alphaville Eusébio, na Lagoa do Uruaú (Beberibe) e no Cocó (Fortaleza). A Polícia Federal ainda cumpriu mandados nos bairros Varjota e Mondubim, em Fortaleza; e nos municípios de Pacatuba e Mombaça, no Ceará.

Segundo o delegado federal Samuel Elânio, os 'laranjas' dos líderes do PCC são pessoas que trabalham como corretores de móveis e imóveis. A PF investiga se o trabalho é de 'fachada', para disfarçar a atuação criminosa. O alvo do pedido de prisão seria intimado a prestar depoimento, mas não foi localizado.

defesa dos suspeitos de serem 'laranjas', representada pelo advogado Kaio Castro, afirmou que "durante esses 2 anos e meio de investigações, eles não foram sequer intimados a prestar esclarecimentos na Delegacia. Já é a segunda busca e apreensão que sofrem pelo mesmo motivo. Aguardamos acesso ao procedimento para futuras manifestações".

A investigação identificou que 'Gegê do Mangue' e 'Paca' movimentaram entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões, entre 2016 e 2018, no Ceará. A dupla foi assassinada a tiros por membros da própria facção, no dia 15 de fevereiro de 2018, em uma aldeia indígena em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Com os mandados de busca e apreensão, os policiais apreenderam aparelhos celulares e mídia, que serão periciados. A PF também encontrou quadros de arte, que serão avaliados por especialistas para identificar se são valiosos.

A Operação Node recebeu este nome em alusão à Terra de Node, onde Cain foi habitar após ser expulso da família. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal, após representação em inquérito policial.

Assassinatos de 'Gegê do Mangue' e 'Paca'

'Gegê do Mangue' e 'Paca' foram assassinados em um atentado premeditado, conforme as investigações, por comparsas da mesma facção criminosa. O duplo homicídio aconteceu em uma reserva indígena no município de Aquiraz.

Consta nos autos que os líderes do Primeiro Comando da Capital estavam levando uma vida de luxo no Ceará e, supostamente, desviando milhões da organização. Um bilhete foi encontrado por agentes penitenciários indicando que a ordem do atentado partiu de Marcola, número 1 da facção. Ao todo, há dez pessoas acusadas de envolvimento no crime, com diferentes participações.

Felipe Ramos é apontado como piloto do grupo criminoso. Ele é quem pilotava o helicóptero utilizado para transportar as vítimas até a reserva indígena, e segue detido em uma unidade de segurança máxima em Mato Grosso. André Luís da Costa Lopes, o ''Andrezinho da Baixada'', e Gilberto Aparecido dos Santos, o ''Fuminho'', eram pessoas próximas às vítimas e, de acordo com as autoridades, se valeram da relação para atrair 'Gegê' e 'Paca' ao local do crime.

Os documentos ainda apontam que Carlenilton seria um dos executores do crime. Já Jefte, envolvido na logística do assassinato.

Fonte: DN


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