“Arthur Lira assume com absoluto compromisso de subserviência, de submeter a presidência da Câmara aos ditados de Bolsonaro”, declarou. Para Ciro Gomes, entretanto, há pontos de conflito iminentes, como a privatização da Telebras, que inclui a venda da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) – segundo o político cearense, a alienação desagradaria parte da base eleitoral de Lira. Além disso, o pedetista acredita que a pressão popular e política pode levar Lira a dar andamento aos pedidos de impeachment do mandatário do país.
Ciro ressalta que a vitória de Lira no primeiro turno não se deve apenas à interferência do governo federal. Ele aponta também uma “revolta” de parlamentares que não participam diretamente das decisões da Casa.
“Não acho que os 302 votos que o Arthur Lira conseguiu sejam produto central desse tipo de prática de suborno do Bolsonaro. Que aconteceu, aconteceu. Não tenho a menor dúvida. Estou acompanhando a execução [das emendas]. Mas há ali um fenômeno muito mais grave e complexo, que foi uma espécie de sublevação do plenário da Câmara Federal com relação à condução muito centralizada de um subparlamento que se organiza ciclicamente e que exclui a esmagadora maioria e estabelece uma operação na Câmara entre um colégio de líderes e a Mesa [Diretora]”, alegou.
Ciro ressalta que a vitória de Lira no primeiro turno não se deve apenas à interferência do governo federal. Ele aponta também uma “revolta” de parlamentares que não participam diretamente das decisões da Casa.
“Não acho que os 302 votos que o Arthur Lira conseguiu sejam produto central desse tipo de prática de suborno do Bolsonaro. Que aconteceu, aconteceu. Não tenho a menor dúvida. Estou acompanhando a execução [das emendas]. Mas há ali um fenômeno muito mais grave e complexo, que foi uma espécie de sublevação do plenário da Câmara Federal com relação à condução muito centralizada de um subparlamento que se organiza ciclicamente e que exclui a esmagadora maioria e estabelece uma operação na Câmara entre um colégio de líderes e a Mesa [Diretora]”, alegou.
Sobre o agora ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Ciro afirmou: “Não entendeu o papel histórico que ele tinha. Não era para determinar o impeachment. Mas era para processar as acusações de crime de responsabilidade que tinham um efeito instantâneo: obrigar o Bolsonaro a se comportar. E a população ganharia, não teria essa maluquice de briga pela vacina. Se tivesse tido um procedimento de impeachment, o povo de Manaus não teria morrido sem oxigênio, porque haveria ali uma espada de Dâmocles obrigando Bolsonaro a se comportar”.
Metrópoles
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