O líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o texto da PEC das Bondades, do deputado Danilo Forte (União-CE), será votado nesta quinta-feira, 7, na comissão especial. A ideia é levar a proposta para análise no plenário da Câmara no mesmo dia. A PEC das Bondades prevê o reconhecimento do estado de emergência até o fim de 2022 e um pacote de R$ 41,5 bilhões em auxílios fora do teto de gastos a ser aplicado a três meses das eleições. O recurso deverá ser utilizado na criação de um voucher de R$ 1 mil para caminhoneiros, uma ajuda, ainda sem valor definido, a taxistas, além da ampliação do Auxílio Brasil, de R$ 400 para R$ 600 mensais.
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um processo para analisar um pedido feito pelo Ministério Público de investigar a PEC das Bondades. O MP pede ao TCU para avaliar e impedir o governo federal no que diz respeito a recentes medidas destinadas a flexibilizar o teto de gasto e comprometer o equilíbrio fiscal. Ricardo Barros já contesta esse argumento: “Nós estamos tomando uma decisão que não afeta o mercado, porque não endivida o país, nós estamos investindo parte do que já foi arrecadado de receitas extraordinárias neste ano, não tem nada de irresponsabilidade fiscal, isso pelo contrário”.
Barros voltou a alertar ainda para os da inflação sobre os mais pobres e negou que a PEC das Bondades tenha caráter eleitoreiro, como diz a oposição. “Não tem nada de eleitoreiro nisso. Todos os países estão tomando essa mesma medida esse mesmo momento, não tem nada de irresponsável, porque nós estamos investindo recursos que já estão arrecadados em superávit àquilo que estava previsto no orçamento. E é uma medida justa porque ela é socialmente correta. As famílias mais carentes serão atendidas por esse programa. Então fica aqui o nosso pedido que amanhã todos vão a favor da PEC dos benefícios. E vamos contar com o voto da oposição”, disse.
Em entrevista à Jovem Pan News, o deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP) reconhece a importância da PEC diante da alta dos preços, mas diz que os impactos no futuro são incertos. “Se não houver medidas econômicas absolutamente eficazes para se conter a inflação e manter a capacidade de investimento, cada vez mais nós teremos que lançar mão de projetos como esse, que possam auxiliar alguns segmentos, mas é claro, todos sabem, que esses auxílios são momentâneos. E, ali na frente, acabam causando ainda mais inflação e mais descontrole no nosso país”, afirma.
Fonte: Jovem Pam / Portal Massapê
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