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Ceará registra média de cinco crimes sexuais por dia

Imagem Ilustrativa Pesquisa do Google.
Ocorrências caíram 11% com relação a 2013, mas média chegou a cinco casos diários no Estado. Dados incluem estupro, exploração sexual e estupro de vulnerável. Médica foi assaltada e estuprada, nesta semana, em Sobral.
ma médica de 30 anos foi estuprada, na madrugada do último domingo, em Sobral, a 250 km de Fortaleza. Vítima de sequestro-relâmpago, ela tinha saído de uma casa de show quando foi abordada por um homem, que anunciou o assalto. Em seguida, a mulher foi colocada no porta-malas do próprio veículo, no qual depois embarcaram outros dois homens. Após circularem pela cidade, a vítima foi violentada por um dos criminosos e abandonada na Zona Rural do município.

O crime não foi um fato isolado. Durante o ano de 2014, foram registrados 1.758 crimes sexuais no Ceará. Os dados incluem os casos em que há conjunção carnal, sem o consentimento de ambas as partes, ou quando ocorre a exploração sexual de menores de 18 anos. Com relação ao mesmo período de 2013, quando foram 1.972 os casos, houve redução de 11%. A média diária, contudo, continua elevada. Foram registrados, aproximadamente, cinco casos por dia no Estado.



Em Sobral, a Polícia Civil ainda tenta identificar e localizar os criminosos que atacaram a médica. Segundo o delegado municipal, Márcio Ferreira, a vítima tem parentes no município e estava na cidade a trabalho, embora não atuasse na medicina local. Ela tinha comparecido a um show no Clube dos Calçadistas, no bairro Pedrinhas, e deixou o local sozinha durante a madrugada.



Após ter sido assaltada e violentada, a médica foi deixada numa estrada que dá acesso à Serra da Ibiapaba, próximo à cidade de Frecheirinha. Ela conseguiu ajuda de moradores da região quando o dia estava clareando. As diligências da Polícia se concentram na área. O veículo da vítima não tinha sido encontrado até o fechamento desta matéria. “Até onde fui informado, o cara que a abordou inicialmente foi o mesmo que praticou a violência sexual. A Polícia está tentando identificá-lo”, disse Ferreira.



Segundo o delegado, as investigações agora estão a cargo da Delegacia Regional de Sobral, por conta da gravidade do crime. “O caso foi avocado pelo delegado regional e uma equipe especial de investigadores está atuando com exclusividade nessa ocorrência”, destacou.



Números


As estatísticas da violência sexual são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). A maior redução se deu nos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes, que teve queda de 39,5%. O volume de ocorrências passou de 81 para 49. Setembro foi o mês com maior quantidade de crimes do tipo registrados pela Polícia Civil, com 11 casos. 



Já entre as vítimas de estupro, a redução foi menor, de 9,7%, com queda de 596 para 538. Índice semelhante à redução constatada nos casos de estupro de vulnerável, de 9,6%, que passou de 1.295 casos para 1.171. Este último também inclui os casos que, até 2009, eram tipificados como atentado violento ao pudor e abuso infantil.




Números



1.758 crimes sexuais foram registrados pela SSPDS, no Ceará, em 2014




11% foi a redução dos casos denunciados à Polícia, de 2013 para 2014, no Ceará



O que diz a lei


Estupro


Artigo 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. 

Pena: reclusão, de seis a 10 anos.


Estupro de vulnerável

Artigo 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos.

Pena: reclusão de oito a 15 anos.


Exploração sexual de vulnerável


Artigo 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone.


Pena: reclusão de quatro a 10 anos.


FONTE: Código Penal




Serviço




Violência sexual


Casos de exploração sexual de crianças e adolescentes podem ser denunciados por telefone. Não é necessário se identificar.

Telefone: 100