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Polícia investigará sumiço de turista argentino em Jericoacoara

O turista argentino Leonardo Iudicello, de 30 anos, que fazia camping na praia de Jericoacoara (Litoral Oeste), está desaparecido há cerca de dois meses. A Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Ceará comunicou à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), na tarde de ontem, o sumiço do argentino, que é graduado em Turismo e viaja por diversos países como mochileiro há cinco anos.
O procurador-geral, Ricardo Machado, sugeriu ao secretário da Segurança, Delci Teixeira, que designasse uma equipe de delegado e inspetores para ajudar nas investigações acerca do desaparecimento do turista, que não mantém contato com a família desde o dia 9 de julho. A barraca dele foi incendiada no dia 14 daquele mês.
O irmão de Leonardo, o argentino Alejandro Iudicello, disse que, após o desaparecimento, viajou para Jijoca de Jericoacoara e deu início a uma investigação por conta própria. Leonardo chegou ao Brasil em junho com familiares. Esteve em Pipa, em Natal (RN), e, em seguida, todos viajaram para a praia de Canoa Quebrada, em Aracati.
Por último, Leonardo viajou sozinho para Jijoca de Jericoacoara, onde permaneceu por pelo menos três semanas. Alejandro diz que Leonardo passou cinco dias na Lagoa do Paraíso e voltou para o camping na vila de Jericoacoara. No acampamento, a barraca do argentino pegou fogo, com todos os pertences, que incluíam notebooks, documentos e roupas. O turista não foi encontrado na barraca e segue desaparecido desde o dia 14 de julho.
Em conversa com pessoas de Jeri, Alejandro disse que obteve a informação de que o irmão não estava na barraca quando o fogo se alastrou.
Uma das últimas pessoas que teriam visto Leonardo relatou que o argentino pediu um cigarro e voltou para a barraca para pegar um isqueiro. As pessoas teriam visto uma luz e pensavam se tratar de um carro. Mas a luz aumentava e, quando foram até o local, a barraca do argentino estava em chamas. O irmão do desaparecido relata que ninguém soube dizer se a barraca incendiou sozinha ou se alguém ateou fogo.
De acordo com o promotor de Justiça de Jericoacoara, Francisco das Chagas, a informação do desaparecimento chegou ontem, por meio do irmão de Leonardo. “Conversamos com a embaixada da Argentina e fizemos contato com a Segurança Pública sobre o início da investigação, que ocorreria na vila de Jericoacoara. A última informação que a família teve de Leonardo foi em julho, por meio de uma mensagem no Whatsapp”, explicou.
Argentina
De acordo com a consulesa da Argentina, Alejandra Belém Bombém, no Brasil, existe uma rede de nove consulados e todos estão em parceria e cuidando do caso de maneira delicada com o objetivo de dar apoio à família. 
Jornais argentinos como o Clárin divulgaram o desaparecimento de Leonardo, lançando uma campanha para ajudar a encontrá-lo: “Uma família e todo um país esperam encontrá-lo”, escreveu.
Serviço
Para dar informações sobre o paradeiro do turista Ministério Público do Ceará: Rua Assunção, 1100, José Bonifácio
Telefone: (85) 3452 3769
Saiba mais
Caso Gaia
Há mais de nove meses, a turista italiana Gaia Molinari, 29, foi encontrada morta na localidade de Serrote, na Praia de Jericoacoara. Gaia esteve Fortaleza, em um hostel onde trabalhava em troca de hospedagem, com a amiga Mirian França, 31. As duas haviam se conhecido na capital cearense. O caso teve repercussão internacional e foi investigado pela Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur). Até hoje ninguém foi preso e a autoria do crime segue como um mistério. 
Ritual
Informações preliminares obtidas pelo irmão de Leonardo
apontavam que o turista teria participado de um ritual de santo-daime, no qual é ingerida a ayahuasca, uma bebida sagrada, feita a partir de cipós e folhas da Amazônia, que tem um agente alucinógeno.
Alejandro disse ao O POVO que procurou uma pessoa que disse ser a única responsável pelo ritual em Jeri, mas negou participação de Leonardo no ritual naquele dia.
Mochileiro
Iudicello é graduado em Turismo e viaja frequentemente. Mora em Villa Cura Brochero, em Córdoba, onde trabalha de forma temporária para levantar dinheiro e viajar para países diferentes e fazer amizades. 
O jornal argentino Clarín publicou que o momento de maior preocupação por parte da família foi o dia 11 de setembro, justamente a data de registro da passagem de Leonardo que o levaria de volta para Argentina. O bilhete não foi utilizado e ele segue desaparecido desde então.
IML
Segundo o assessor da procuradoria geral, Marcus Renan Palácio, o Instituto Médico Legal (IML) de Sobral e de Fortaleza não confirmaram a entrada de corpo com as características repassadas por Alejandro desde o período do desaparecimento.
É esperado que até a próxima segunda-feira a equipe da Polícia esteja designada. Segundo Ricardo Machado, as pistas fornecidas pelo irmão de Leonardo podem ajudar como informações preliminares.
O POVO

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