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Com escândalo na Petrobras, PP caminha para implosão

O PP (Partido Progressista) está ameaçado de implosão após as denúncias do escândalo na Petrobras envolver mais de 30 parlamentares da sigla – entre deputados federais e senadores. O doleiro Alberto Youssef, que fez delação premiada para revelar o destino de dinheiro desviado dos cofres da Petrobras, comprometeu a maior parte da bancada federal do PP que, segundo ele, recebia mesada para votar com o Governo Federal.
No Ceará, o PP não conseguiu eleger nenhum deputado federal e garantiu apenas uma vaga na Assembleia Legislativa com o empresário José Ailton Brasil, da cidade do Crato. A figura mais expoente do PP cearense, o ex-deputado federal José Linhares não concorreu à reeleição no ano passado porque integrou, como primeiro suplente, a chapa encabeçada pelo então candidato do PROS ao Senado, Mauro Benevides Filho.
Linhares apareceu na lista dos militantes do PP denunciados por envolvimento no escândalo da Petrobras, mas diz que é inocente, a exemplo dos colegas de partido. O ex-deputado José Linhares foi eleito, pela primeira vez, em 1990 e conseguiu, nas eleições subseqüentes, se reeleger à Câmara Federal. Há quase 15 anos, é o presidente da Executiva Regional do PP no Ceará.
O Partido Progressista tem sua origem no PDS, que surgiu após a extinção da Arena – sigla fundada no período da ditadura militar e era o partido do Governo. O contraponto da Arena era o antigo MDB, que deu origem ao PMDB. Um dos nomes de maior expressão do PP foi o ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf. Maluf, que exerce, atualmente, o quinto mandato consecutivo de deputado federal foi alvo de denúncias de corrupção, perdeu o comando do Diretório Estadual do PP em São Paulo e, fora da lista de denunciados no escândalo da Petrobras, tem calado muitos que o denunciaram ao longo de 40 anos de atividade política.
O PP sempre integrou a base de apoio aos Governos Federais. Nunca deixou de ser situação e, pela bancada federal que conseguiu e consegue eleger, garante espaços com cargos e espaços na administração federal. A sigla esteve presente nos Governos dos ex-presidentes Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.
Com a maioria dos parlamentares denunciada no escândalo da Petrobras, o PP enfrenta o seu pior dilema: a ameaça de extinção, que seria uma porta de saída para os deputados federais e senadores denunciados. Se extinto o PP, os militantes com mandatos poderiam se filiar a qualquer outro partido sem ameaça de perda de mandato. Com 1,4 milhão de filiados o PP é o quarto maior partido brasileiro, está atrás de PMDB, PT e PSDB. A sigla elegeu, em 2014, 40 deputados federais e cinco senadores.
*Com informações:Ceará agora

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