Conta de água ficará mais cara no Ceará
(Foto: Reprodução)
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As tarifas de água e esgoto no Ceará serão reajustadas em 11,96% a partir de 23 de abril. O reajuste foi autorizado pelas agências reguladoras do Estado atendo a uma solicitação da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Com isso, as tarifas de água e esgoto passarão a custar R$ 3,03 por metro cúbico. O reajuste é linear.
Esse é o segundo reajuste nas tarifas de água e esgoto no Ceará em cinco meses. Em novembro de 2015, as agências reguladoras autorizaram revisão extraordinária das tarifas em um percentual médio de 12,9%.
Segundo a Cagece, a revisão – em caráter extraordinário quando foi identificado risco nas contas da companhia – não foi suficiente para manter o equilíbrio necessário para manutenção da operação.
Para a Cagece, passados os primeiros ciclos com o reajuste de novembro, observou-se que o percentual não foi suficiente para cobrir os custos de tratamento e operação dos serviços prestados pela Companhia, já que a situação de escassez encarece o tratamento da água. Além disso, afirma a Companhia, há de se considerar o aumento de insumos como energia elétrica e produtos químicos.
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“Estamos passando por uma situação delicada. Todos os insumos utilizados para transformar água bruta em água tratada tiveram aumento e alguns são atrelados ao dólar. Só a energia elétrica, o principal insumo desse processo, aumentou 54% em 2015, o que representou um acréscimo de R$ 33 milhões nos custos da Cagece. Além disso, houve aumento no preço da água bruta e ainda tivemos de pagar amortização de dívidas junto ao BID de empréstimos para as obras do Sanear II”, explica Neuri Freitas, presidente da Cagece.
Economia
Desde dezembro do ano passado, a Cagece passou a cobrar uma “tarifa de contingência” dos consumidores que não economizassem água. Com a cobrança da tarifa extra, a Cagece esperava uma economia de 10% no consumo de água, mas isso ainda não ocorreu. “Em fevereiro, o consumo teve queda de 4,5%, o que não é suficiente”, explica Neuri Freitas.
Desde dezembro do ano passado, a Cagece passou a cobrar uma “tarifa de contingência” dos consumidores que não economizassem água. Com a cobrança da tarifa extra, a Cagece esperava uma economia de 10% no consumo de água, mas isso ainda não ocorreu. “Em fevereiro, o consumo teve queda de 4,5%, o que não é suficiente”, explica Neuri Freitas.
Segundo ele, é necessário que o consumidor cearense melhore o seu padrão de consumo, inadequado para a realidade hídrica do estado. “É preciso economizar mais para que consigamos chegar bem a julho ou agosto, quando teremos o aporte das águas do rio São Francisco decorrentes das obras de transposição”, diz o presidente.
“A campanha de concientização precisa ser intensificada para que a população se convença da importância da economia de água. Outras fontes também devem ser buscadas em nível de governo. Também é necessário pensar em reúso e reutilização da água nos novos empreendimenrto”, alerta Neuri Freitas.
A recomposição foi autorizada pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (ARCE) – no caso dos municípios do interior; e Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle de Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (ACFOR) – no caso deFortaleza.
Portal Massapê
FONTE: G1-CE
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