Header Ads Widget

header ads

Com Whatsapp suspenso, usuários buscam alternativas

Serão 48 horas sem as notificações constantes, as mensagens de bom dia e as frases motivacionais. Por dois dias, a paquera, o contato rápido com os amigos e as discussões de família sobre o futuro da política cessam. Por decisão da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo (SP), as operadoras de telefonia celular devem bloquear o funcionamento do aplicativo Whatsapp, em todo o Brasil, com início determinado, até o fechamento desta edição, a partir da 0 horas de hoje. A medida afeta cerca de 50 milhões de usuários do aplicativo no País.
A decisão judicial teria relação com uma investigação sobre quebra de sigilo de dados. Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) afirmou que a decisão foi proferida em um procedimento criminal que corre em segredo de Justiça. De acordo com TJSP, o Whatsapp não atendeu a duas notificações, em julho e agosto, que fixaram multa em caso de não cumprimento. “Como, ainda assim, a empresa não atendeu à determinação judicial, o Ministério Público requereu o bloqueio dos serviços”, informa o tribunal, em nota.
Usuários
Parte do cotidiano de muitas dessas pessoas, o Whatsapp se insere ativamente em diversos aspectos da vida. Para elas, apesar do pouco tempo, a suspensão causa transtornos. A corretora imobiliária Cláudia Rolim, 40, usa o aplicativo para enviar fotos dos imóveis que vende e manter contato com familiares que moram longe. “Dois dias vão ser como dois anos”, relativiza. Cláudia conta que, muito longe de ser “perda de tempo”, o Whatsapp facilita a vida. Para ela, as 48 horas não servirão para “desintoxicação” da tecnologia. “Vou ter de gastar com ligação, usar e-mail... E, quando acabar, vou recuperar todo o tempo perdido”, projeta. 
A jornalista Bárbara Danthéias, 25, está há quatro meses em Dublin, na Irlanda, e usa o Whatsapp diariamente para se comunicar com os familiares no Brasil. Em conversa com o O POVO — pelo aplicativo —, ela afirmou que terá de encontrar meios alternativos para se comunicar com os parentes. “Minha mãe ficou um pouco preocupada em saber como a gente ia se comunicar. Já tranquilizei e disse que posso falar com ela, pois tenho outro chip que faz ligações internacionais”, projeta. Bárbara aponta que o bloqueio do Whatsapp no Brasil pode ser até positivo para a viagem. “Acho que, em certo ponto, vai ser bom pra eu me desligar um pouco mais do Brasil, coisa que eu não tenho conseguido fazer por aqui”.
Operadoras
O Whatsapp foi vendido para Mark Zuckeberg, criador do Facebook, em 2014 por US$ 22 bilhões. De lá para cá, além dos serviços de bate-papo online, a empresa passou a disponibilizar também serviços de voz. Isso incomodou as principais operadoras de telefonia do Brasil, que questionam junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a legalidade desse serviço pelo aplicativo. 
Recentemente, o presidente da operadora Vivo, Amos Genish, disse em um evento que o aplicativo prestava um serviço “pirata” e defendeu regulamentação. “Não tenho nada contra o Whatsapp, que é uma ferramenta muito boa, mas precisamos criar regras iguais para o mesmo jogo”, disse. Para o executivo, o Whatsapp estaria funcionando, na prática, como uma operadora de telefonia.
Aplicativos de bate-papo
Sete alternativas ao Whatsapp
Viber - Permite o envio de mensagens e chamadas telefônicas grátis  
Skype - Permite a troca de mensagens de texto e em vídeo em grupo ou individualmente
WeChat - Permite a troca de mensagens de texto, áudios, imagens, chamadas de vídeo em alta definição e serviço de localização
Telegram - É similar ao Whatsapp, mas sem as ligações e com a vantagem de manter as conversas criptografadas
Imo - Também similar ao Whatsapp, com chamadas e mensagens de texto e voz
Line - Tem 10 mil emoticons e stickers (imagens divertidas) e cria vídeos em segundos
Messenger - É a ferramenta de bate-papo ligada ao Facebook
Com agências

Postar um comentário

0 Comentários